Aproximadamente 16 anos
atrás (no ano de 2000), os pavilhões 5 e 6, do Hospital Psiquiátrico São Pedro,
localizado no bairro Partenon na cidade de Porto Alegre/RS, começavam a ser
utilizados como set de gravações de filmes, comerciais publicitários e sede
artística de grupos teatrais para as mais diversas ações de produção e
apresentação teatral. Esse pioneirismo inicia-se com o grupo Falos
e Stercus; com a
ocupação dos Pavilhões 5 e 6/Pavimento Superior através da realização de
apresentações do espetáculo “In Surto”.
Ao final de 2001, mais precisamente em março de 2002, a Oigalê passa a integrar o “Condomínio Cênico” através de uma
ocupação continuada, com ensaios, oficinas teatrais, construção, confecção e
armazenamento de materiais cênicos, além de apresentações teatrais periódicas.
A partir de então (em meados de 2003) outros coletivos se unem a esta ocupação,
sendo eles Povo da Rua, Corpo Estranho, NEELIC e posteriormente, Caixa
Preta.
Cada grupo, naquele momento, passou a ser responsável por um
espaço ocupado e, para tanto, dadas as condições de abandono do local,
realizarem as diferentes benfeitorias: remover entulhos e lixo, pintar as
paredes, limpeza do pátio interno, reconstruir banheiros, refazer rede
elétrica, arrumar telhado e calhas, etc.
Ainda em 2003 o Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACEN) -
órgão responsável pelo teatro da Secretaria de Estado da Cultura do RS - e os
grupos de teatro que até então participavam da ocupação lançam o 1° “Centro Cênico Estadual”, amplamente
divulgado na imprensa da cidade.